quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Orar pra que te quero?

Bem sei, meu Deus, que Tu provas os corações e que da sinceridade te agradas; eu também, na sinceridade do meu coração, dei voluntariamente todas estas coisas (1Cr. 27.17a).
Sacrifícios agradáveis a Deus são o Espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus (Sl 51.17).
Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos (Sl 133.1).

Dois homens idosos, aposentados, encontram-se na rua.
- Bom dia – disse um. - Como está passando?
- Relativamente bem- respondeu o outro. – Mas tenho um problema. Você sabe que deixei meu negócio para o meu filho. Resolvi viver o resto da minha vida para estudar a Bíblia e dedicar-me à oração. Todavia, quando oro, me vem pensamentos referentes aos novos preços das mercadorias, dos impostos a pagar e da crise econômica atual. E eu  não quero pensar nisso porque não faz mais parte da minha vida. Contudo, isso sempre me atrapalha.
- Comigo acontece o mesmo – disse o primeiro. – Você sabe que entreguei a minha fazenda para o meu genro. Agora, é ele que trata dos animais. Mas, sempre durante a oração, se intercalam pensamentos a respeito da lavoura. Quero orar, mas de repente, penso em outras coisas, geralmente da minha antiga atividade. Sabe de uma coisa? Eu ainda tenho um cavalo que me pertence. Eu o coloco como prêmio. Quem de nós conseguir orar um quarto de hora pensando somente em Deus, ganhará o cavalo.

- Concordo. Vamos orar. Vou me esforçar para ganhar o cavalo – respondeu o segundo.
E assim fizeram. Foram juntos para casa, ajoelharam-se em um quarto e começaram a orar.

Depois de cinco minutos, um deles disse:
- Pare de orar. Eu já perdi a aposta. Enquanto estava orando de repente, pensei: pode ser que eu ganhe o cavalo, será que é com sela ou sem sela?
Quem de nós não tem o mesmo problema? Enquanto oramos, facilmente se intrometem pensamentos alheios, principalmente, pessoas com uma rica fantasia sofrem muito com as interferências durante a oração. Como resolver este problema?
Em primeiro lugar, devemos saber que Deus, sendo onisciente, sabe o que queremos orar, mas nós muitas vezes não conseguimos expor a nossa prece com nitidez. Até pode ser que estejamos tão tristes que a oração é só um soluço. Ou estamos tão cansados e desanimados que nem palavras temos. Neste caso, a Bíblia nos conforta e diz: “Nós gememos em nosso íntimo. Mas o Espírito nos assiste em nossa fraqueza, porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós” (Romanos 8.26).
Uma ajuda para a nossa oração atrapalhada e falta de concentração é decorar uma seqüência de louvor, agradecimentos, petições e intercessões. Além do que o momento presente requer, podemos encaixar nesta ordem assuntos que se repetem todos os dias em nossa oração. Se um pensamento alheio se intromete, devemos empurrá-lo e seguirmos com calma este “corrimão de oração”. Com o tempo, a nossa alma, tantas vezes irrequieta, se acostuma neste método de oração e os pensamentos alheios vão nos incomodando menos do que antes.
Contudo, sempre devemos nos lembrar que a nossa oração, seja forte ou concentrada, ou fraca e descontrolada, não nos ajuda. É Deus que nos ajuda. A oração nos coloca na presença de Deus. É este estar na presença de Deus que muda nosso ser.
Nosso íntimo se acalma. Em nossa alma, começam a sarar as feridas. A paz se estende em nosso ser.

Orar é meio de comunicação com Deus, como o telefone o é com uma pessoa humana. Não é o telefone que nos ajuda, mas ele nos possibilita estar em contato com aquela pessoa disposta a nos ajudar. Lembramos que, em cada lugar, em qualquer posição e situação, pela oração, podemos estar e permanecer na presença de Deus. Sendo assim, não há atividade mais importante na nossa vida do que orar. Silenciosamente, na oração, teu semblante, muitas vezes, experimentará transformação. E os outros, que procuram vida e luz, exclamam: Vamos imitá-lo! Ele vive com Jesus!

Leitura bíblica: Daniel 6. 1-10.

Alcides Jucksch
Texto retirado do Livro Amor sem Fronteiras

Nenhum comentário:

Postar um comentário